Conservação ambiental e desenvolvimento econômico frequentemente têm sido vistos como interesses antagônicos. Presevarção da biodiversidade não é uma idéia de se vender aos países em desenvolvimento, cujas prioridades mais urgentes são alimentar, vestir, providenciar moradia e gerar emprego.
Torna-se quase uma unanimidade a idéia de que a presevarção ambiental está relacionada com seres humanos, tanto quanto com plantas e animais. Em outras palavras: projetos de conservação da biodiversidade também devem incluir melhoria na qualidade de vida das pessoas.
Quando uma grande área florestal é derrubada perde-se a ação moderadora que ela exerce sobre o clima, ocorrendo um aumento de temperatura que chega a ser de até 3°C, na média anual. Com o aquecimento, a condensação de vapor d`água na atmosfera e reduzida, diminuindo a precipitação de chuvas. As estação secas podem se tornar mais longas, dificultando ou impedindo a recuperação da cobertura vegetal original. Em áreas em que a floresta Amazônica foi substituída por pastagens, a pluviosidade chegou a diminuir em até 25%.
É importante que as pessoas percebam que têm a responsabilidade de zelar pelo ambiente. Não somos os seres mais importantes no cenário da vida na terra; temos que tentar salvar hábitats, além de continuar tentando salvar uns poucos animais e plantas em ambientes artificialmente criados.
UM MUNDO EM CONSTANTE BATALHA
Ao longo da evolução, as espécies adaptamse a seus ambientes, e um dos aspectos mais úteis dessa adaptação é a aquisição de mecanismo de proteção contra agressores, como a produção de toxinas e antitoxinas.
Doenças causadas por bactérias e fungos não afetam apenas plantas e animais, mas também os seres humanos. Não é, portanto, uma coincidência encontrarmos na natureza substância eficientes no combate a nossas moléstias. Trata-se do resultado de milhões de anos de evolução e adaptação dos seres vivos a ambientes muitas vezes hostis, em que a sobrevivência somente foi possível graças a numerosas e competentes defesas naturais.
Biodiversidade e biopirataria
Alêm da destruição dos ecossitemas e da perda de biodiversidade, convivemos com o problema da biopirataria. Admita-se, no Brasil, a existência de 1.300 espécies de plantas com propriedades farmacêuticas conhecidas pelos índios. São antibióticos, sedativos, anticoncepcionais, abortivos, relaxantes musculares, antidiarréicos, anestésicos, drogas antifúngicas e antivirais. Não se sabe que porcentagem dessas plantas já foi contrabandeada para outros países, mas há indíciosde que, apenas da Floresta Amazônica, mais de 20 mil amostras biológicas são levadas anualmente para fora do país.
Extratos vegetais, peçonhas de serpentes, venenos de sapos e substâncias extraídas de insetos são empregados pela indústria farmacêutica de países desenvolvidos na produção de drogas que, depois de patenteadas, são vendidas em todo o mundo inclusive nos países tropicais de onde sai a maioria dos materiais biológicos. Depois do desenvolvimento das drogas, esses países passam a pagar pela importação de medicamentos, sem nada terem recebido pelo fornecimento da matéria-prima.
sábado, 6 de abril de 2013
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