Júpiter é obsevável a olho nu, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e Vénus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrónomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos batizaram o planeta de Júpiter, um deus da sua mitologia.
Ao longo dos últimos anos, várias sondas espaciais visitaram Júpiter, todas elas de origem americana. A Pioneer 10 passou por Júpiter em Dezembro de 1973, seguida pela Pioneer 11, cerca de um ano depois. A Voyager 1 passou em março de 1979, seguida pela Voyager 2 em julho do mesmo ano. A galileu entrou em órbita de Júpiter em 1995, enviando uma sonda através da atmosfera de Júpiter no mesmo ano e conduzindo múltiplas aproximaçôes com os satélites em Júpiter em 1994, possibilitando a observação direta desde evento. Outras missões incluem Ulysses, Cassini-Huygens e New Horizons, que utilizaram o planeta para aumentar a sua velocidade e ajustar a a sua direção aos sesu respectivos objetivos. um futuro alvo de exploração é Europa, satélite que potencialmente possui um oceano líquido.
A sua velocidade média orbital é de 13,07 m/s e a inclinação do plano da sua órbita em relação à eclíptica é de 1º 18´ e 28´´. A massa de Júpiter, conhecida com bastante precisão a partir das órbitas dos seus satélites naturais, é de 1,899 x1027 kg, isto é, cerca de 317,82 vezes a da Terra e cerca de 2,5 vezes a soma das massas de todos os outros planetas do Sistema Solar. Pelo facto de a sua superfície se encontrar coberta de camadas de nuvens, só muito recentemente, graças às sondas espaciais, foi possível determinar com precisão o valor das suas dimensões. O diâmetro equatorial médio de Júpiter é de 142 984 km, ou seja, 11,2 vezes o da Terra. A densidade média deste planeta é de 1,33 g/cm3, o que implica que o seu volume seja 1316 vezes maior do que o da Terra.
A rotação de Júpiter varia com a latitude - encontramo-nos, na verdade, em presença de uma massa fluida -, mas, em vez de aumentar progressivamente do equador para os polos, como no caso do Sol, apresenta saltos bruscos. A zona equatorial, que se estende entre as latitudes -10º e 10º, forma o que se chama o Sistema I e o resto do planeta constitui o Sistema II. Nenhum dos dois roda de maneira uniforme, tendo-lhes, por isso, sido atribuídos períodos de rotação padrão: 9 h 50 min 30 s para o Sistema I e 9 h 55 min 49,1 s para o Sistema II. O estudo das emissões radioelétricas de Júpiter conduziu à definição do Sistema III, cujo período de rotação é de 9 h 55 min 29,8 s.
Na atmosfera de Júpiter encontram-se moléculas de metano (CH4) e amoníaco (NH3), embora os principais constituintes sejam o hidrogénio molecular (H2) e o hélio (He). Com a ajuda da sonda Pioneer 10, em 1973 foi possível determinar com precisão a composição da atmosfera deste planeta: 82% de hidrogénio, 17% de hélio e 1% de outros elementos, composição muito próxima da que se atribui à nebulosa primitiva que teria dado origem ao Sistema Solar. A sonda Voyager I detetou a presença de pequenas quantidades de vapor de água em Júpiter. A temperatura à superfície é de -148 ºC. De uma maneira geral, toda a atmosfera do planeta está submetida a intensos ventos ciclónicos que, na zona equatorial, atingem velocidades superiores a 100 km/h.
A baixa densidade de Júpiter (1,33 g/cm3) leva-nos a concluir que este planeta terá uma composição muito diferente da dos planetas telúricos.
Sabe-se que Júpiter é, essencialmente, constituído por hidrogénio e hélio, pois estes dois elementos são os únicos que permitem justificar a densidade registada nas condições de pressão e temperatura existentes no interior do planeta.
LUA DE JÚPITER
LO
Io pode ser classificado como uma das mais incomuns luas em nosso sistema solar. O vulcanismo ativo em Io foi a maior e inexperada descoberta em Júpiter. Foi a primeira vez que vulcões ativos foram vistos em outro corpo no sistema solar. As Voyagers observaram a erupção em conjunto de nove vulcões em Io. Há evidência de que outras erupções ocorreram entre os encontros Voyager. A fumaça dos vulcões estendem-se a mais de 300 quilômetros (190 milhas) acima da superfície, com material sendo ejetado a velocidades de um quilômetro (0,6 milhas) por segundo.
Os vulcões de Io devem-se aparentemente ao aquecimento do satélite por oscilação das marés. Io é perturbado em sua órbita por Europa e Ganimedes, dois outros grandes satélites vizinhos, e puxado de volta para sua órbita regular por Júpiter. Este cabo-de-guerra resulta em protuberâncias de marés tão grandes quanto 100 metros (330 pés) na superfície de Io.
A temperatura na superfície de Io é cerca de -143° C (-230° F); entretanto, em um grande ponto quente, associado com uma formação vulcânica, mediu-se cerca de 17° C (60° F). Cientistas acreditam que o ponto quente pode ser um lago de lava, apesar de a temperatura indicar que a superfície não está derretida. Esta formação relembra os lagos de lava na Terra.
Io é composto principalmente de material rochoso com muito pouco ferro. Io está localizado dentro de um intenso cinto de radiação de elétrons e íons capturados pelo campo magnético de Júpiter. Conforme a magnetosfera gira com Júpiter, ela varre Io e extrai cerca de 1.000 quilos (1 tonelada) de matéria, por segundo. A matéria forma uma nuvem toróidal de íons, que brilham no ultravioleta. Os íons pesados deste toróide migram para fora, e sua pressão infla a magnetosfera Jupiteriana para mais que o dobro do tamanho esperado. Alguns dos mais energéticos íons de enxofre e oxigênio caem pelo campo magnético na atmosfera do planeta, provocando auroras.
Io age como um gerador elétrico conforme move-se através do campo magnético de Júpiter, desenvolvendo 400.000 volts entre seus extremos em diâmetro, gerando uma corrente elétrica de 3 milhões de amperes, que flui pelo campo magnético até a ionosfera do planeta.
LUA EUROPA
A Europa tem aproximadamente as mesmas dimensões da "nossa" lua, apresentando no entanto uma superfície mais suave, com menos crateras e montes. Supõe-se que há oceanos sob a superfície gelada. Para testar a hipótese da existência de vida nestes mares, as agências espaciais dos EUA e da Europa iniciaram o desenvolvimento preliminar de uma missão àquele satélite.
Cientistas detectaram produtos químicos
na superfície congelada da lua Europa que só pode ser proveniente do
oceano de água líquida submerso.
“Nós agora temos evidências que o oceano
submerso de Europa não está isolado, e sim mantém “contato” direto com a
superfície da lua”, disse o autor estudo o autor Mike Brown, do
Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Brown e o co-autor do estudo, Kevin
Hand, estudaram a superfície da lua Europa com o poderoso telescópio
Keck II, no Havaí, que ostenta uma óptica adaptativa que permite
compensar o desfoque causado pela atmosfera da Terra.
Europa mantém sempre uma mesma face
voltada para o planeta Júpiter, e o Keck detectou um estranho sinal do
lado de trás da lua, que nenhum outro instrumento havia visto
anteriormente.
Após muitas análises e cálculos, os
pesquisadores determinaram que o sinal espectroscópico havia sido
emitido por sal de sulfato de magnésio, denominado epsomite. Esse
sulfato é proveniente do oceano líquido submerso, localizado abaixo de
uma camada de gelo.
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